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A fidelidade do consumidor às marcas verdes impulsiona mudanças no vestuário e no varejo

Conceito para roupas produzidas ecologicamente corretas

A revenda e a circularidade estão a aumentar no retalho e no vestuário, à medida que os consumidores se tornam mais conscientes sobre o ambiente e o custo dos produtos.

De acordo com a GlobalData, 45.3% dos consumidores globais concordam que os retalhistas que incorporam a sustentabilidade nas suas estratégias e operações são atraentes. Crédito: petrmalinak via Shutterstock.
De acordo com a GlobalData, 45.3% dos consumidores globais concordam que os retalhistas que incorporam a sustentabilidade nas suas estratégias e operações são atraentes. Crédito: petrmalinak via Shutterstock.

Quase dois terços (62%) dos consumidores afirmam ser leais a marcas de vestuário e de retalho que apoiam questões verdes ou ambientais, concluiu um novo relatório.

O relatório Questões Ambientais no Varejo e Vestuário da GlobalData revela as estratégias líquidas zero dos principais varejistas, bem como as principais tendências e atitudes dos consumidores em relação à sustentabilidade em todo o setor.  

Dada a crescente preocupação dos consumidores com o ambiente, identifica factores-chave que moldam o futuro do sector, como o crescente mercado de revenda e um maior foco na circularidade. Para manter a fidelidade à marca e cumprir as metas de emissões líquidas zero, as marcas de retalho e de vestuário devem adaptar-se a essas mudanças.

O crescimento do mercado de revenda de vestuário

Com os consumidores procurando opções mais sustentáveis ​​e econômicas, aplicativos voltados para revenda, como Vinted e Depop, estão se tornando cada vez mais populares.

A pandemia foi fundamental para acelerar o crescimento desta área, com o mercado de revenda a crescer 114% para 164.4 mil milhões de dólares entre 2017 e 2022 e a aumentar mais 17.2% em 2023.

Factores macroeconómicos como a inflação elevada e persistente também contribuíram para a procura de vestuário barato, tendo os consumidores reduzido o rendimento discricionário. A GlobalData prevê que isto continue, com o mercado de revenda a crescer mais 36.7% entre 2024 e 2027.

Alguns retalhistas estão a tentar capitalizar esta área em expansão. Em 2022, a gigante do fast fashion Shein lançou uma plataforma de revenda nos EUA, por exemplo.

Apesar do crescimento do mercado de revenda, o relatório destaca que muitas das aplicações focadas nele ainda registam perdas, sendo que as taxas de utilização e de vendedor não são suficientes para cobrir os seus elevados custos operacionais.

A revenda também cresce em outros lugares

Embora o vestuário lidere a popularidade da revenda, também está crescendo em outras áreas do varejo. Móveis e equipamentos esportivos estão se tornando itens de revenda cada vez mais populares devido à sua durabilidade e potencial de reutilização.

As plataformas de consumidor para consumidor, como o Facebook Marketplace e a Gumtree, continuam populares ao lado de lojas de caridade e de antiguidades, mas as novas plataformas de revenda não relacionadas com vestuário também estão a tentar conquistar quotas do mercado em crescimento. Vinterior e Rehaus são duas dessas plataformas, especializadas em móveis e utilidades domésticas.

Na indústria de equipamento desportivo, o retalhista francês de artigos desportivos Decathlon oferece uma iniciativa Second Life através da qual os consumidores podem vender-lhe produtos específicos em troca de crédito na loja, sendo os produtos recondicionados ou reparados para revenda. Isto facilita uma abordagem mais circular ao consumo, bem como uma disponibilidade mais equitativa de equipamento desportivo – especialmente importante no setor desportivo, onde o equipamento pode ser caro.

O relatório observa que alguns outros setores são menos adequados para revenda, como os cuidados de saúde e a beleza, devido a preocupações de higiene e degradabilidade.

Circularidade, reciclagem e redução de resíduos

Muitas marcas têm feito um esforço para reduzir os resíduos e promover a circularidade através da introdução de esquemas de reciclagem e reparação.

Várias empresas pretendem utilizar têxteis ou plásticos 100% reciclados para fabricar roupas ou artigos elétricos revestidos de plástico, tornando este um ponto de venda único para os seus produtos.

A varejista japonesa Uniqlo é conhecida por seus Re.Uniqlo Repair Studios, que estão disponíveis em várias lojas em todo o mundo. Substituindo zíperes e reparando buracos pelo Sashiko, bordado tradicional japonês que utiliza patchwork ornamental para criar um novo visual e manter as roupas em circulação por mais tempo. Na mesma linha, a Levi's Tailor Shop também se esforça para aumentar a longevidade de seus produtos, oferecendo serviços de reparo como remendos, bainhas e substituições de zíperes. E, na loja de departamentos de luxo Selfridges, no Reino Unido, a The Handbag Clinic oferece serviços de reparo e revenda de sapatos e bolsas de luxo, prolongando a vida útil desses itens.

As marcas que oferecem serviços de reparação estão a tornar-se cada vez mais comuns, ajudando a fortalecer a fidelização e a atrair novos consumidores. Especialmente com preços elevados, os consumidores podem estar mais propensos a gastar se souberem que os itens podem ser reparados.

Retirado de Rede de insights de varejo

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